Como enfrentar e superar crises econômicas!

Muitas empresas saem das crises mais fortalecidas do que entraram. Essas empresas usam modelos diferenciados de criação de valor, por isso, elas se sobressaem a outras. Aqui descrevo uma forma diferente de olhar para o mercado e resistir às crises.

 

A crise bateu de novo!

 

Indústrias reduzindo a produção, lojas fechando por falta de vendas, planos de expansão sendo interrompidos.

Estou quase chegando aos 60 anos e durante todo esse tempo, pude acompanhar diversas crises. Nem vou enumerá-las aqui, pois talvez não me lembre do nome de todas.

O que me recordo é que, sempre nestas épocas, observamos uma coisa no mercado. As empresas que fecham primeiro são sempre aquelas que estavam funcionando só por que o mercado estava comprador. Sim por que quando não se necessita fazer esforço para ter clientes entrando em sua loja, ligando para seu escritório ou acessando seu site para preencher um formulário, fica fácil.

Outro ponto a se entender é que, em tempos de “vacas gordas”, muitos pensam que perder um cliente, por qualquer causa que seja, não é relevante. Afinal, tem mais gente entrando do que saindo.

Esta configuração é a receita ideal para a falência ou fechamento de uma empresa.

Quando a desgraça chega, esse tipo de empresário logo sai proclamando que a causa é a falta de dinheiro do mercado, que é causado pelo desemprego e que, por fim, a culpa é do governo e por isso ele fechou a empresa.

De certa forma está correto, mas há marinheiros que entram e saem de tempestades e outros que naufragam. E aqui vale uma reflexão: “se o mar é igual para todos, o que muda então?”

Trabalhei em poucas empresas, mas em cada uma delas, sempre permaneci em torno de dez anos, tempo suficiente para ver mais de uma crise em cada passagem.

Em todas essas empresas, sempre percebi que poucos gerentes e diretores eram precavidos para tempos de crises.

Daí vem uma pergunta: “precavido como, você quer dizer uma reserva financeira?”

Não, pois uma reserva financeira não é suficiente. Não que ela não ajude, mas não é só isso, pois o dinheiro acaba uma hora. O que eu quero dizer que é que, ser precavido contra as crises é ter clientes fiéis, ou melhor, clientes bem atendidos, clientes que confiam em você e em sua empresa, clientes que sempre perceberam que eram respeitados em suas necessidades, de preço, quantidade, qualidade e conveniência, clientes que eram ouvidos e tratados, antes de tudo, como gente, como dizia Ron Willingham, autor do livro “Cliente Também é Gente”.

Neste livro ele mostra uma “cadeia de valor” que eu sempre uso.

Lucratividade e crescimento são impulsionados:

  • Pela lealdade dos clientes,
  • Que decorre da satisfação dos clientes,
  • Que é impelido pelo valor fornecido aos clientes
  • Que é consequência da produtividade dos empregados
  • Resultado da lealdade dos empregados
  • Que é resultado da satisfação dos empregados
  • Que é produto da qualidade interna
  • Que é motivada pela liderança
  • E o jeito que essa liderança pensa e age é que vai dar condições ao desenvolvimento e sobrevivência em tempos de crise.

Esse modelo pode ajudar qualquer empresa a pensar sempre diferente do que os outros pensam.

Algumas frases que eu sempre ouvi, é: “por que fazer de outro jeito se todo mundo faz assim” ou “sempre fizemos assim, por que devemos mudar?”

A mudança sem razão de ser, não faz sentido, mudar por mudar, pode não ser bom.

O que realmente importa é acompanhar, bem de perto, as necessidades dos seus clientes. É fazer as mudanças de forma que eles percebam que você se preocupa com eles. Lembre-se do modelo da “cadeia de valor” que falei anteriormente.

Empresas que encaram a reclamação como se o cliente fosse um idiota e que vive reclamando das coisas, serão sempre abandonadas. Mas o empresário só percebe esse abandono na crise, já que nela, o que saiu não é substituído, pois o mercado não está comprador.

Para finalizar este artigo, segue o que aprendi com as crises:

  1. A crise nunca avisa claramente quando vai chegar, por isso fique atento aos sinais que podem evidenciar isso;
  2. Trabalhe sempre para atender às necessidades do consumidor. É ele que põe o dinheiro dentro de sua empresa, não é o governo. Por isso pesquise seu consumidor, fale com ele e acompanhe, atentamente, as tendências do mercado;
  3. Para entender essas necessidades, pratique a empatia, use o mapa da empatia;
  4. Desenvolva sempre produtos e serviços conveniente para diversos tipos de hábitos de consumo. Entenda que o que move o consumo são os hábitos das pessoas e não o que você é capaz de produzir.
  5. Não fique sempre preso ao seu limite, quando perceber que tem um. Trabalhe para superá-lo.
  6. Foque no que sobrou da crise. Não pense nos 20% ou 30% que reduziram, pense no 80% ou 70% que sobraram;
  7. Seja humilde, confiante e tenha fé.

Sucesso!

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