Fundador e CEO da Meta, Mark Zuckerberg começou seu sucesso através do Facebook, uma rede inovadora com objetivo de interligar pessoas de uma maneira diferente das outras redes populares na época. Com a estabilização da rede como uma das mais usadas, Zuckerberg investiu na compra de outras plataformas que carregavam um público alvo diferente, sendo elas Instagram e WhatsApp.
Com a atual ascensão dos NFTs, como uma empresa voltada para o cenário digital, a Meta está trabalhando para integrá-los, inicialmente pelo Instagram.
O que são NFTs?
NFT é a sigla em inglês para non-fungible token (token não fungível). Um token, no universo das criptomoedas, é a representação digital de um ativo (como dinheiro, propriedade ou obra de arte) registrada em uma blockchain, tecnologia que nasceu com o BTC no final de 2008.
Se uma pessoa tem o token de uma propriedade, significa que tem direito aquele imóvel, ou parte dele, por exemplo.
Já bens fungíveis, conforme o Código Civil brasileiro, são aqueles que podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.
Uma nota de R$20,00 é fungível, já que é possível trocá-la por duas de R$10,00. Por sua vez, a pintura “O nascimento de Vênus”, do pintor renascentista Sandro Botticelli não é fungível, pois é única e não pode ser trocada por outra igual.
Portanto, um NFT é a representação de um item exclusivo, que pode ser digital, como uma arte gráfica feita no computador, ou física, a exemplo de um quadro. Além de obras de artes, músicas, itens de jogos, momentos únicos no esporte e memes podem ser transformados em um NFT.
Na prática, um token não fungível é um certificado digital de propriedade que qualquer um pode ver e confirmar a autenticidade, mas ninguém pode alterar.
Esse comprovante de autenticidade é um código de computador que não é possível ser copiado, justamente por estar registrado em uma blockchain, um grande banco de dados público e imutável, que funciona através de smart contract. Esses “contratos inteligentes” são programas guardados em rede descentralizada que se executam conforme regras pré-estabelecidas, sem o envolvimento de um intermediário para controlar.
Em síntese, tudo o que é guardado na blockchain por meio deles pode ser checado por todos os usuários. Isso ocorre devido a algoritmos que estabelecem o que pode e o que não pode ser feito no sistema.
NFTs e redes sociais
Com o entendimento do que são os tokens não fungíveis ficou claro a sua popularização em meio a uma era dominada pelo digital. Artistas gráficos começaram a vender suas obras em NFT, jogos disponibilizam conteúdos em NFT, vários outros mercados entraram nesse ramo.
O Twitter introduziu os NFTs em sua plataforma por meio das fotos de perfil, quando o usuário utiliza um NFT em seu ícone o formato troca de um círculo para um hexágono. Essa funcionalidade só está disponível para usuários que possuem o Twitter Blue, uma assinatura mensal paga e personalizável que oferece acesso exclusivo a recursos premium que permitem personalizar sua experiência com a rede social.
Personalidades da mídia como o jogador de futebol Neymar Júnior já utilizam seus NFTs como foto de perfil, além de usarem a arte gráfica como estampa para moletom, etc.
Por conta da entrada desse novo mercado em uma rede concorrente, Mark Zuckerberg anunciou a presença dos NFTs no Instagram para um futuro próximo. A informação foi revelada na edição de 2022 do SXSW, evento que mistura Música, Games, Cinema, Tecnologia e mais.
“Eu não estou pronto para anunciar exatamente o que irá acontecer. Mas nos próximos meses, você terá a habilidade de trazer seus NFTs, e espero que após algum tempo exista a possibilidade de criar coisas dentro desse ambiente”, disse o Empresário.
Crescimento do Mercado de NFTs
Muito se opõe a comercialização dos tokens não fungíveis, porém é claro o crescimento desse novo tipo de produto dentro do mercado digital.
Por ser algo muito novo, seu futuro ainda é incerto a longo prazo, porém, não podemos ignorar os avanços tecnológicos no mercado digital, principalmente no setor financeiro.
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